domingo, 25 de dezembro de 2011

 MOLECULAR:

Jogamos como o meu pai e o meu avô diziam que jogava o Brasil, disse Guardiola após  a final do Mundial de Clubes ( 4-0 ao Santos). Se  substituirmos  jogámos por cozinhámos e Brasil por minha aldeia, a frase podia  ser de Arzak, Adriá ou do Can Fabes.
Deixo o debate sobre a cozinha molecular para as  páginas da Ler ( estou a meio de uma série sobre comida), mas o tom  é esse:  a base é a origem ( os super-bascos fizeram um levantamento exaustivo do receituário tradicional) , mesmo quando o produto final é bestialmente depurado.
Neste BarcelonaxBilbao, de 1999, podemos ver Guardiola a ordenar o jogo. Imagino-o como um tipo insuportável: sempre  calmo, sempre recto, sempre satisfeito.

3 comentários:

Gustavo disse...

Caro Filipe,
um exemplo extraordinário disto que disse: uma a cena de um Grande filme, o "Ratatouille".
É sobre ratos, cozinhas, comida e, sobretudo, prazer; e tem uma cena, quando o ultra-austero crítico gastronómico prova, em suspanse, o prato preparado, que é das mais fantásticas do cinema.
O prazer, como o conheçer, não é mais do que o reconhecer.

FNV disse...

Vi um bocado com a minha filha, há uns anos, julgo que era o mesmo. Excelente animação.

henedina disse...

"Imagino-o como um tipo insuportável: sempre calmo, sempre recto, sempre satisfeito."
eheheh.